Confesso que abandono meus projetos. Mas alguns eu retomo. Com este blog não foi diferente. Desde 1º de Outubro de 2010 eu não escrevia. Algumas pessoas que me acompanham neste delírio quase literário e totalmente psicoterápico andaram reclamando. Talvez surpresas com o silêncio, já que sou conhecido (negativamente) por ser verborrágico. Talvez curiosas com o que estava se passando, afinal, na minha mente um tanto (?) inconstante. Não sei. Seja pelo motivo que for, estou retornando. Talvez das cinzas de mim mesmo. Mas não digo que estou emergindo. Talvez esteja desabando por aqui novamente. Precisei parar, pensar, esvaziar minha mente de tudo e ver o que realmente importa. Como num baú cheio de velharias e lembranças remotas, jogamos tudo para fora, bagunçamos, vasculhamos, selecionamos e vemos o que resta.
Não é um processo acabado. Nem sei bem se é propriamente um processo. Não sei se restou muito desse árduo movimento de enfrentar asperezas, silêncios férteis e inférteis, escuros aparentemente sem fim e limites brancos. Mas estou disposto a dividir o que ainda tenho e o que vou descobrir a partir de agora, embora não tenha a menor ideia de por quanto isto vai durar.
Nesse tempo todo de ausência não consentida eu até esbocei alguns pensamentos vagos em um bloco de notas qualquer. Até agora não encontrei muitas idéias que julgue dignas de serem partilhadas. Talvez eu recobre a coragem, respire fundo, deixe de lado meu senso crítico e minha tendência nata a me boicotar e jogue tudo aqui, bruto, para que seja dissipado (ou semeado?) na ventania.
É, acho que é isto: desabo por este caminho novamente. Anuncio que cá estou mais uma vez, sem tambores rufando, sem aplausos ou luzes dos holofotes.
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